Jesus Cristo é tão poderoso que, se não tivesse entregado a si mesmo, ninguém, em todo o universo, poderia matá-lo.


A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos (Atos 2:23).

Jesus é poderoso. E isso é verdade. Ele é tão poderoso que, se não tivesse entregado a si mesmo, ninguém, em todo o universo, poderia matá-lo. Pode até soar um pouco estranho este tema, mas é fato: o nosso Senhor é realmente “O Jesus ‘imatável’”. Ele mesmo confirma isso: "Ninguém tira [a minha vida] de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la" (Jo 10:18). Com base na palavra de Deus, podemos afirmar que Jesus é “Imatável”, mas, por amor, ele se permitiu morrer para nos salvar. Para entendermos essa verdade bíblica, vamos, partindo de At 2:23, destacar três razões da morte de Jesus.

I – O Jesus “IMATÁVEL” morre porque a sua morte é divinamente planejada:

Observe como começa este versículo: “A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus” (At 2:23). Preste atenção, por favor, na palavra “conselho”. Ela equivale a “designo” ou “plano”. Em seguida, vem a palavra “presciência”. O que essas palavras nos ensinam sobre a morte de Jesus? Mostram-nos que a sua morte não foi um acidente. Não ocorreu por acaso. Ela é resultado de um projeto previamente elaborado.

Veja como está escrito na Nova Tradução Linguagem de Hoje: “Deus, por sua própria vontade e sabedoria já havia resolvido que Jesus seria entregue”. A cruz de Cristo é uma idéia de Deus. Por quê? “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Para nos salvar, Deus enviou o próprio filho para morte. Jesus desceu da sua glória, fez-se carne e marchou vitoriosamente para cruz. Não havia um caminho mais fácil! A salvação para você é de graça, mas, para Deus, custou tudo: a vida de seu filho. Esse era o plano de salvação, que foi arquitetado antes da fundação do mundo (Ap 13:8). E, nele, Deus investiu tudo para que você fosse salvo! É maravilhoso saber que fazemos parte dos planos do Pai.

Volte, por favor, o seu olhar para o texto de Atos. Observe, desta vez, a palavra “determinado”, cujo significado é: “delineando as fronteiras”. Isso quer dizer que o Pai já havia estabelecido tudo acerca da morte de Jesus. Na mente de Deus, já havia um propósito definido, um lugar escolhido, uma forma apropriada e um momento certo para acontecer. E tudo aconteceu como Deus determinou. O Gólgota não foi algo que fugiu ao seu controle. De acordo com o profeta Isaías, “ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar” (Is 53:10). O texto de At 2:23 segue dizendo: “... tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos”. Perceba que, nesse versículo, a morte de Jesus é atribuída, simultaneamente, à “vontade de Deus” e à “maldade do homem”.

A profundidade e o alcance dessa soberania divina são de tirar o fôlego. São a chave para nossa salvação. O Senhor o planejou e, por meio de homens malditos, trouxe ao mundo a maior de todas as bênçãos! Isso não inocenta aqueles que mataram Jesus. Contudo, sem saber, ao crucificarem Jesus, eles estavam fazendo a vontade do Deus Soberano (At 3:26-27). Ao afirmar que “o mataram, pregando-o na cruz”, o apóstolo Pedro não coloca em dúvida a já citada declaração de Jesus: “Ninguém tira a minha vida de mim”. Sabe por quê? A prisão e a morte de Jesus, naquela sombria quarta-feira, só aconteceram porque ele permitiu, porque ele quis!

Essa é a primeira razão por que o “Imatável” morreu: Ele veio cumprir o plano de Pai, um plano de amor pela humanidade. A cruz de Cristo é a maior demonstração do amor de Deus por nós! A Bíblia diz que Deus nos provou o quanto nos ama: “Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado” (Rm 5:8, NTLH). Ele planejou que o Filho estivesse ali: “Deus nos amou e mandou o seu filho para que, por meio dele, os nossos pecados fossem perdoados” (I Jo 4:10, NTLH). Talvez eu esteja aqui falando com alguém que não se sente amado. Se for o seu caso, gostaria de que você soubesse que a morte de Jesus foi divinamente planejada por sua causa! Deus lhe ama tanto que não poupou seu próprio Filho para salvar você (Rm 8:32). Deus se importa com você! Antes mesmo de nascer, você já estava nos planos dele.

II – O Jesus “IMATÁVEL” morre porque a sua morte é totalmente voluntária.

O versículo que estamos analisando inicia-se assim: “A este que vos foi entregue” ou “sendo este entregue”. Quem entregou Jesus para ser morto? Judas? Com certeza, não! Embora seja o mesmo verbo usado, quando este traiu Jesus, não é a Judas que o texto se refere. Na carta de Paulo aos Efésios, capítulo 5, versículo 2, diz a segunda parte do versículo: “Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus”. Foi o próprio Jesus que entregou a si mesmo! Sua morte é um ato de entrega totalmente voluntária.

Por três vezes, homens tentaram matar Jesus antes do tempo:

A primeira tentativa foi logo que Jesus nasceu. Herodes, o Grande, fez de tudo para matá-lo. Ficou furioso e ordenou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo, em Belém e nas proximidades (Mt 2:16). Herodes era um adversário de peso, era mau, cruel e poderoso. Ele fora capaz de matar a sogra, os cunhados, a própria esposa e os próprios filhos. Mas, contra Jesus, nada pôde fazer (Mt 2:13-14).

A segunda tentativa de matá-lo foi no início de seu ministério. Numa sinagoga, após ler o texto do profeta Isaías, capítulo 61, ele disse: “Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir”. Os judeus presentes ali ficaram furiosos e o levaram até um precipício e quiseram jogá-lo dali para matá-lo. Mas, misteriosamente, ele passou pelo meio da multidão e foi embora (Lc 4.30).

Numa terceira tentativa, já no final do seu ministério, quiseram apedrejá-lo, mas ele saiu ileso (Jo 8:58).

Essas são provas de que Jesus é, de fato, imatável! Sua morte, na cruz, só aconteceu porque ele se entregou. Há um detalhe impressionante nas narrativas sobre a crucificação. Perceba que nenhum dos quatro evangelhos diz que Jesus “morreu”.

Parece que, propositalmente, os evangelistas evitam essa palavra. A mensagem evidente é esta: Jesus não foi vencido pela morte. Ele não foi mais uma vítima da morte, mas a capturou como vencedor. As expressões usadas pelos evangelistas confirmam a autoridade de Jesus sobre sua própria vida e o seu controle sobre sua morte. Marcos diz que ele com um alto brado, expirou (Mc 15:37), e Mateus diz que ele entregou o espírito (Mt 27:50). No mesmo sentido, Lucas escreve as seguintes palavras: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23:46). Mas a expressão usada por João é a mais forte e contundente. Ele afirma que Jesus “curvou a cabeça e entregou o espírito” (Jo 19:30, NVI).

Ele o entregou. Ninguém tomou dele. Jesus deu a sua vida. Note que, antes disso, ele “curvou a cabeça”. Essa expressão não significa que ele tenha morrido e que sua cabeça tenha caído sobre o peito. Pelo contrário, este foi o último ato de submissão e entrega à vontade do Pai, e, só depois, ele morreu.

Desse modo, Cristo confirma que sua morte foi um ato voluntário seu. Ele poderia escapar da morte à hora que quisesse. Mas, por livre e espontânea vontade, oferece a si mesmo, de maneira total.

Jesus sabe o que é sofrer! Ele conhece todo tipo de sofrimento: traição, solidão, abandono, humilhação, ofensas, dores e até a morte. Ele conhece a sua dor, meu irmão! Por outro lado, talvez você nunca entenda o quanto Jesus sofreu. Mas é importante saber: O “Imatável” se entregou por você! Talvez você pense que não vale nada, mas olhe agora, pela fé, para Jesus no Calvário, pois foi ali que ele lhe deu real valor. Ele o comprou não com ouro ou prata, mas com seu próprio sangue (I Pe 1:18). Pagou o mais alto preço! Jesus “Imatável” morreu só porque se entregou. Sua morte é totalmente voluntária.

III – O Jesus “IMATÁVEL” morre porque a sua morte é plenamente substitutiva.

De acordo com o sermão de Pedro, a morte de Jesus não foi permitida sem um objetivo. Nela havia um propósito. A questão central, em At 2:23, não é: “quem o matou” ou “como ele morreu”, mas, sim: “por que ele morreu” ou “qual o significado de sua morte”. Foi numa cruz que Jesus morreu para nos salvar. Pergunto: Por que a cruz? Será que não havia outra forma de nos salvar? Deus não poderia ter evitado a morte de seu filho? No dia em que entendermos o que realmente aconteceu naquela quarta-feira à tarde, lá no Calvário, seremos as pessoas mais felizes deste mundo.

Mas o que aconteceu lá? Voltemos nossos olhos para o Éden, onde Deus deu uma ordem ao ser humano: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16-17). Nessa ordem, está estabelecido um princípio justo de retribuição e merecimento, isto é, quem obedece, merece a vida, e quem desobedece, merece a morte. O que aconteceu no Éden? O homem escolheu desobedecer. Então, o que ele merece? A morte. Qual o salário do pecado? A morte (Rm 6:23).

Em Romanos, capítulo 5, versículo 12, lemos: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5:12). Todos estávamos condenados à morte. Mas acontece que o ser humano não quer morrer. É como se ele dissesse: “Pai, eu pequei, e mereço morrer, mas, por favor, eu não quero morrer”. Essa situação cria um santo “conflito” entre a justiça e o amor de Deus. De acordo com a justiça, o ser humano pecou e deve morrer, mas, por lado, Deus ama o ser humano. O que fazer, então?

O princípio é claro: Se há pecado, deve haver morte, pois, “sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados” (Hb 9.22). A palavra de Deus não volta atrás. O delito não pode ficar impune. Só há uma saída: alguém que seja justo que queira morrer em seu lugar. É aqui que entra o precioso Jesus, “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Ele veio a este mundo, tornou-se homem e habitou entre nós (Jo 1:14).

Ele foi um ser humano de verdade. Jesus viveu 33 anos como um de nós; foi tentado em tudo, mas não pecou em momento algum. Ora, se ele viveu como homem e não pecou, o que ele merece? Viver, é claro! E nós, irmãos? Somos miseráveis pecadores e merecemos morrer. Acontece, então, a substituição. Jesus tomou o nosso lugar. Ele morreu a nossa morte para vivermos a sua vida.

Foi isso o que aconteceu, lá no Calvário. Uma troca de amor. Ele pagou a nossa dívida. Na cruz, o Senhor exclamou em alta voz: Tetelestai!, que significa “Está consumado!”. Nos dias de Jesus, era comum pregar um documento com a acusação na porta da cela de um preso. Mas, quando o preso cumpria a pena, o documento era arrancado da porta e gravado sobre ele a palavra “tetelestai”, ou seja, “cumprida na totalidade”. O documento era entregue em suas mãos e ninguém mais podia acusá-lo daqueles crimes. Quando Jesus disse a palavra “consumado”, estava dizendo “a dívida está quitada”. Glória a Deus por isso!

Ali, ele perdoou nossos pecados, reconciliou-nos com Deus e nos concedeu a vida eterna. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).

Saiba: ele fez tudo isso por você. Que amor maravilhoso! Não há nada mais urgente do que corresponder a esse amor! Adore-o com toda intensidade. Sirva-o com tudo que você é e por toda a sua vida. Ame-o com todo seu coração.

Conclusão:

Gostaria de que você, por um instante, pensasse no tamanho do amor de Deus. Pensasse na cruz. Na morte daquele que é “Imatável”. Sabendo que tudo isso foi por mim e por você. Antes mesmo de nascermos, já estávamos nos planos divinos., Por nossa causa, o Pai planejou que seu Filho viesse a esse mundo e morresse. E ele veio! Ele entrou em nossa história, viveu como um de nós, sofreu a nossa dor e derramou a sua alma na morte. Ele é o “Imatável” que se permitiu morrer. É o Soberano que se humilhou. É o Deus que, sendo bendito, se fez maldição por nós (Gl 3:13). O Jesus “Imatável” é aquele que tomou nosso lugar e, como nosso representante, cumpriu a lei que nós quebramos. Ele é o nosso substituto na cruz. Assumiu a cruz como o único recurso de manifestar-nos a sua justiça e o seu amor. Ele é aquele que foi desamparado na cruz para que fôssemos aceitos pelo Pai. Ele suportou a morte mais horrível para que tivéssemos vida, e vida com abundância. Já dizia Sttot:

“Devemos vir humildemente à cruz, merecendo nada a não ser juízo, implorando por nada a não ser misericórdia, e Cristo nos libertará da culpa do pecado e do pavor da morte”

Louvado seja o Cordeiro de Deus!


Comentário PCamaral:

Tenho especial carinho por este texto. A palavra IMATÁVEL, foi escolhida para representar bem que: Ninguém tem poder para matar Jesus! Ele é ETERNO, IMORTAL, e só poderia experimentar a morte se assim o quisesse.

Por amor, Ele quis! Por graça e misericórdia Ele quis!

Obrigado Senhor Jesus! Eu sou o pior dos pecadores, muitas vezes viro às costas para ti, deixo de ler a Tua palavra, deixo de orar, faço birra como uma criança mimada. Mas mesmo assim, sabendo que eu faria isso Tu escolheu morrer no meu lugar!

Obrigado Senhor Jesus!

Fonte:
Paulo Cesar Amaral
Texto publicado em 8 de outubro de 2009 com o titulo "O Jesus Imatável."

4 comentários:

  1. Tenho especial carinho por este texto. A palavra IMATÁVEL, foi escolhida para representar bem que; Ninguém tem poder para matar Jesus! Ele é ETERNO, IMORTAL, e só poderia experimentar a morte se assim o quisesse.

    Por amor, Ele quis! Graças a Deus que Ele quis!

    Obrigado Senhor Jesus! Eu sou o pior dos pecadores, muitas vezes viro às costas para ti, deixo de ler a Tua palavra, deixo de orar, faço birra como uma criança mimada. Mas mesmo assim, sabendo que eu faria isso Tu morreu no meu lugar!

    Obrigado Senhor Jesus!

    ResponderExcluir
  2. Texto maravilhoso. Aplicação extraordinária... Parabéns, querido!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Amém! Glórias a Deus! Fico muito feliz que o texto edificou o irmão! Deus o abençoe!

      Excluir
  3. Exelente explicação amei gostaria que o irmão postase mas estudos pra nós aprendemos da palavra de Deus Deus o abençoe grandiosamente a todos

    ResponderExcluir

Todos os comentários serão moderados. Comentários com conteúdo fora do assunto ou do contexto, não serão publicados, assim como comentários ofensivos ao autor.

Tecnologia do Blogger.