Alegria em vez de pranto

Jailton Sousa Silva


“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado. Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação”. (Habacuque 3.17,18).

Preocupação, sentimento de derrota, perda de algo ou alguém, frustrações, decepções etc, são fatores que, inevitavelmente, geram tristeza no coração das pessoas. Habacuque que o diga! Este profeta viveu numa época em que prevalecia a obscuridade da fé; sobrava impunidade e faltava justiça (1.1-4); a paz fora apagada pela impiedade da guerra (1.5-11); contendas e discórdias tornaram-se comuns na sociedade; para o profeta, porém, tornaram-se insuportáveis!

Em razão de tudo isso, ele suplicou a punição de Deus aos ímpios caldeus, os quais eram brutais e responsáveis por grandes atrocidades (1.1,6).

Contudo, fica claro que o povo Israelita também provocou a ira do Senhor com seus atos pecaminosos, e, por conta disso, viria sobre ele o castigo de Deus por meio dos caldeus (1.6). Quem não ficaria triste se soubesse que sobre a sua nação, família e igreja viria o castigo de Deus? Não é a toa que o profeta suplica: “Eu ouvi, Senhor, a tua fama, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos; faze que ela seja conhecida no meio dos anos; na ira lembra-te da misericórdia” (3.2).

O profeta sabia que a situação do seu povo era lamentável, mas confiava em um reavivamento autêntico do Senhor. Sabia ele que em meio à ira, há misericórdia por parte de Deus; em meio ao erro, há perdão.

Quem confia em Deus, sabe que o profeta não estava delirando quando afirmou que poderia faltar à flor da figueira, o fruto da vide, o produto da oliveira, o mantimento dos campos, ovelhas no rebanho e gados nos currais, pois mesmo assim, ele continuaria a exultar e se alegrar em Deus (3.17,18).

Essa alegria não é sem objetivo; essa alegria consiste na salvação proporcionada pelo Senhor!

Todos os dias as nações são castigadas pela pandemia da chamada “gripe suína”, AIDS, dengue etc. Famílias inteiras são vítimas dos efeitos das drogas, alcoolismo e falta de Deus.

Esse é o contexto em que estamos inseridos. Vivemos em meio ao caos. A corrupção é alarmante. É evidente, na maioria dos casos, a extinção de valores em nossa sociedade tais como justiça, misericórdia, humildade, solidariedade e amor. Porém, a nossa alegria está no fato de que apesar de todos os males presentes em nosso meio, temos as misericórdias do Senhor que se renovam todas as manhãs, as quais não têm fim! (Lm. 3.22).

Ser um cristão autêntico é muito mais que ir à igreja, cantar e orar nos tempos de bonança. Ser um cristão autêntico é confiar em Deus na falta do mantimento, da saúde e dos recursos financeiros.

Alegre-se no Senhor, pois a maior bênção nós temos: a salvação de Cristo, a qual é inegociável, pois a nós foi concedida mediante a morte e ressurreição do Filho de Deus.

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Fonte: Missionário Jailton Sousa Silva

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